quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Dragon Age: The Stolen Throne


E estava eu tão entusiasmado com o jogo Dragon Age: Origins...

Imagem e livro, via Amazon.co.uk

Que decidi comprar e ler o livro escrito pelo chefe dos escribas da Bioware alocados ao jogo. Os gajos que desenvolvem o corpo de conhecimento. Num título da Bioware, são o grupo que dão o cunho especial à peça. A meu ver, a Bioware está para o argumento como a Epic está para a tecnologia.

Portanto, tratavam-se de altas expectativas. Sobretudo depois de afirmações como "inspirados em "A Song of Ice and Fire" de George R.R. Martin" (dica: este gajo é bom).

O livro começa bem. Os capítulos iniciais são agitados, com bastante acção e um ritmo que cativa, ainda que a estrutura seja simples. Lá para meio a coisa abranda e para o final acelera de modo previsível.

E acelera muito. Demasiado. Em contraste com o arranque, que apesar de rápido, ainda se nota uma preocupação com detalhes que constroem ambiente e local, o final é entregue com traços gerais, em jeito de resumo. Terão sido problemas de prazo?

O livro sofre outro problema: preocupa-se mais em construir o universo de Ferelden do que contar uma história. Tem sabor a guia turístico. Apesar de causar curiosidade por alguns locais do jogo, Ferelden ainda é o típico mundo de "high-fantasy" que não se distingue muito de todos os outros inspirados por Tolkien.

Fica então a cargo das personagens o factor de distinção, aquilo que torna esta história única. Mas magras como elas são sabe a pouco. Portanto, o livro dilui-se na memória, sem nada de particularmente relevante que o torne especial à sua maneira.

Obviamente, isto levanta questões relativamente ao jogo. Adorei o Mass Effect e achei o livro que o antecedia bastante bom. Em ambos, o "escritor principal" foi Drew Karpyshyn.

No Dragon Age, o ónus cabe a Dave Gaider, e sinceramente, após este livro, a minha hype pelo jogo murchou. Tendo em conta que o meu tempo para RPG's diminui a cada dia que passa, vou ficar atento à opinião geral. Quem sabe, talvez surpreenda?

1 comentário:

  1. Epá, não deixes morrer o hype apenas por causa do livro.
    Keep the hope alive!

    Também estou a ficar um bocado assim nos RPG's, implicam sempre dispensar bastante tempo e isto não é algo que agora tenhamos com fartura.

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