sábado, 19 de setembro de 2009
Brothers in Arms: Hell's Highway
Aqui está a sequela dos jogos Road to Hill 30 e Earned in Blood. Muito rapidamente, achei na altura estes 2 primeiros bons jogos, mas que precisavam de algumas afinações.
Este está melhor, mas ainda tem alguns problemas. Falando já nestes, o mais grave para mim é o pathfinding dos soldados, onde os soldados em alguns momentos viram ovelhas que decidem ir ao pasto passando por uma alcateia de lobos. Pronto, pronto, estou a exagerar, mas por vezes os idiotas dos meus "irmãos" meteram-se na linha de fogo ao correrem para determinado sítio quando havia caminhos bem mais seguros e directos. Houve também raros casos onde alguns encalhavam numa parede e não saíam de lá. Outra coisa são os objectos destruíveis. É estranho conseguirmos arrebentar algumas protecções (nossas e dos inimigos), como cadeiras, sacos de não sei quê e cercas, e haver uns montes de feno resistentes até aos canhões de um potente tanque. Os cavalos da Holanda deviam ser umas bestas para comer aquilo. Estes foram aqueles problemas que me causaram assim aquele risco no disco.
Passando às coisas boas.
Finalmente conseguimos cobrir-nos! Do que eu me lembro das 2 prequelas, os nossos "irmãos" arranjavam cobertura, mas eu tinha sempre que me agachar atrás de alguma coisa. Agora aqui, dá para colar mesmo atrás de barreiras como muitos shooters por aí fora. Além disso, dá para fazermos um sprint pelo campo fora, saltando obstáculos (só alguns específicos, já faz lembrar a especificidade dos objectos destrutíveis). Dá-me um gozo valente, com as balas e rajadas de canhões a voar e estourar por todo o lado, e eu correr que nem um maluco por ali fora e rezar para que não me acertem.
Este jogo também insere bastantes mais vezes momentos onde estamos completamente sozinhos (tanto a pé, como num tanque e até acho o controlo deste bem melhor do que nos 2 primeiros Call of Duty), sem qualquer companheiro para nos ajudar ou, por vezes, somente um, ao contrário dos anteriores onde isto era muito raro e não estava bem implementado, na minha opinião. Aqui, não há esse problema.
Em termos visuais, basta dizer que é o motor Unreal 3 e penso que basta. É bonito.
A Gearbox conseguiu criar ambientes espectaculares e destaco 3 destes: um debaixo de um torrencial à noite (com carradas de gotas a cair, estas a serem iluminadas por focos de luz e as texturas dos chãos e das paredes a darem a sensação de água a escorrer) que me fez lembrar a sensação que tive num nível com ambiente semelhante quando o joguei pela primeira vez no Soldier of Fortune 2, um longo caminho de estrada cheio de incêndios devido a bombardeamentos durante a noite que mais parece o caminho para o inferno (daí o título) estando representado no início deste post e, por fim, um hospital com carga psicológica (é impressão minha ou os hospitais são bastante escolhidos para ambientes de terror?) bastante envolvente. Vermos aviões a passar ao longe no céu ou entre edifícios a alta velocidade para embaterem contra um obstáculo só ajuda à percepção de estarmos na guerra.
Uma coisa que parece ter herdado do Unreal 3 é o gore. Uia, e que gore...
As personagens estão muito bem representadas graficamente, se bem que nota-se bastante a falta de expressividade nas suas caras e depois do que o Half-Life 2 nos mostrou há já uns 5 anos, desilude. Isto porque o jogo dá bastante ênfase na caracterização das personagens. A história são as personagens, os "irmãos de guerra", os seus obstáculos, as suas guerras internas, as amizades entre estes, em vez da própria guerra (no entanto, durante cada missão o jogo oferece-nos relatórios realísticos de certos momentos da missão que estivermos a jogar, sendo que alguns temos que os encontrar). Tenho a dizer que foi bastante efectivo, conseguindo envolver-me neste mundo virtual e dando-me mais um estímulo ao entrar na acção. Um jogo situado na 2ª Grande Guerra Mundial focado em contar uma história e expor personagens e as suas interacções não é assim muito comum.
Além disto, há momentos durante as missões que surpreendem como, por exemplo, vermos uma mulher ser escoltada por nazis para um estábulo e quando passámos por lá vemos a mesma enforcada. Nota-se que a equipa de desenvolvimento empenhou-se bastante para agarrar o jogador.
Enfim, gostei bastante do jogo e não estou nada de acordo com o metacritic que diz que este jogo é o mais fraco dos 3. A minha opinião está a 180º desta. Este jogo está acima em todos os aspectos em relação aos 2 jogos anteriores e, se houver disponibilidade, aconselho vivamente a jogá-lo.
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Parece ser incrivelmente atmosférico. E que tal a linearidade? Só tens uma forma de cumprir os objectivos, ou dão-te rédea solta para cumpri-los como melhor achares?
ResponderEliminarUhm... Boa pergunta... Muitos dos objectivos têm várias formas de serem abordados consoante as tácticas que escolheres (mandar equipa 1 para ponto X, a equipa 2 suprime fogo inimigo de uma direcção, a equipa 3 flanqueia, etc), mas os objectivos têm que ser cumpridos por uma ordem específica. Eu diria que é linear no global.
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