quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Max Payne

Foi desta que finalmente cedi aos meus desejos nesta altura do ano de jogar o Max Payne. Tem, sem dúvida, a ver com o Inverno rigoroso representado no jogo, mas também porque foi por esta altura que o joguei pela primeira vez.
Ainda bem que o joguei. Não me vou alongar muito sobre o jogo em si, já todos o conhecem. Vou só tentar escrever o que me sobressaiu no jogo.
Está velho graficamente, muito velho mesmo, vá lá que tem suporte para altas resoluções agora, menos mal, mas ocasionalmente tive slowdowns... estranho. Em termos de som ainda continua no topo com uns efeitos sonoros poderosos (aquelas granadas dão cada estouro, deumalibre) e uma música mesmo à Noir York City.
A novela gráfica foi algo que me surpreendeu. Não me lembrava de parecer tão amadora. Falo apenas em relação aos actores físicos que pareciam uns nórdicos quaisquer (e pelos créditos reparei mesmo que a maior parte deles eram da equipa que desenvolveu o jogo) com umas armas que pareciam daquelas com que os putos costumam brincar (espera... acho que até os putos de agora já brincam com armas a sério...). Em termos de vozes, espectacular, conseguiam tornar o ridículo visual em algo credível.
De resto, história, diálogos e, principalmente, a narração eram over-the-top tal como me lembrava e adorava. E a mecânica de jogo: tão simples, tão consistente, tão forte, tão... John Woo.


Seguiu-se-lhe logo a sequela para não perder o fio à meada.
Foi o que se quer de uma sequela. Melhor em tudo o que era necessário melhorar. Uma história menos épica, mas muito mais pessoal e envolvente e, contrariamente ao 1º jogo não me lembrava de muitas situações neste (deve ter sido por só o ter jogado uma vez). Narração e diálogos na mesma onda do primeiro. Em termos sonoros, praticamente idêntico, mas visualmente, uia, que salto. basta dizer que não senti que estava a jogar um jogo com muitos anos em cima e nada de slowdowns (Yay! \o/). Falando em visuais, a novela gráfica levou com alto tratamento facial. Ora vejam a suposta femme fatale assassina do 1º jogo:

Errm... yeah...

... e a mesma no 2º:
SHAZAM!

É, nota-se algumas diferenças... You just gotta love that Botox of Booty!
A mecânica de jogo sofreu alguns tweaks, mas tenho que admitir que a rotação do Max (ou Mona) ao recarregar a(s) arma(s) quando estamos a praticar o genocídio em câmara lenta dá-me uma satisfação invulgar. Podia mentir e dizer que isto é bastante funcional dando uma vista de 360º do nosso campo de batalha, mas não, eu não quero saber disso, apenas sei que dá estilo, muito estilo.
Este jogo também teve a audácia de me obrigar a fazer todos os possíveis para não o acabar. Estava a gostar tanto dele que não o queria acabar rapidamente, mas não há volta a dar-lhe, é mesmo muito curto, infelizmente, mas recompensa bem essa duração.

Enormes jogos, enorme série, eternamente na minha memória como uma bala no cérebro (that was a pun). Foi um belo reavivar de memória, tal como o Prince of Persia: Sands of Time.

Embora no fim do 2º jogo diga algo como "A caminhada de Max Payne pela noite continuará.", as pontas soltas do 1º ficaram todas atadas, ou pelo menos assim pareceu-me. Faz-me pensar o que teria a equipa em mente para uma sequela e faz-me acreditar ainda mais que o terceiro feito pela Rockstar será uma desilusão. Deu-me também mais vontade de jogar o Alan Wake.

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