sábado, 31 de outubro de 2009

Torchlight


Existe uma razão muito simples para o abrandamento de actualizações no blog.

:D

Não chegava estarmos em plena época alta de releases, com um Dragon Age aí à porta, chegam os senhores da Runic, salvados da Flagship (hey, meti um trocadilho, awesome) e lançam o jogo surpresa do ano.

Desenvolvido em apenas 11 meses, mostra o que uma equipa de 25 veteranos consegue fazer ao fim de 15 anos a trabalhar a sua arte - Action RPG's.

E nota-se. O jogo respira tight budget por todo o lado. Não tem cinemáticas super-duper, ou um voice-cast com o Mark Hamill (qualquer coisa beneficia da voz deste gajo... se pudesse punha a voz dele nos cereais de manhã), mas aquilo que eu acho de luxo é o gameplay.

Polido, simples, rápido, este jogo foi desenhado com apenas um propósito - fazer o jogador sentir-se uma avalanche de poder. Vamos ganhando níveis, itens, feitiços, tornando-nos cada vez mais letais e espectaculares na forma como damos baixa de hordas de inimigos. É a fórmula de Diablo, actualizada. Pudera, visto os criadores do original serem os mesmos - oh, a ironia!

É restrito a single player, e é uma pena visto que com co-op e mais sinergia entre as 3 classes este jogo seria mais espectacular. Acho que talvez demasiado espectacular. O mundo talvez se partisse.

É também o lançamento de uma nova IP e um teste de tecnologia. O passo seguinte, de acordo com a Runic, é pegar neste conceito e transformá-lo num MMO. O gameplay será o mesmo, mas num mundo persistente. Soa a sensatez e estou curioso por ver o que daí virá em coisa de talvez 2 anos.

Até lá, um toolset poderosíssimo e uma comunidade (que espera-se) activa deverão manter a chama de Torchlight bem acesa (olha outro trocadilho!).

Menção especial ao pet, que nos faz companhia durante a aventura, sempre fiel e arrumando de vez com a necessidade de ir à cidade vender toneladas de lixo apenas para fazer dinheiro. Quem jogou Diablo sabe do que falo. Ah, o bicho também pode aprender truques. Firebreathing Vampire Cat? Ou Necromantic Dog?

Custa 16€ e pode ser encontrado numa série de e-tailers.

Go get it!

And then let's get back to killin'monsters!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

MW2: Need MOAR Perspective



Call of Duty: Modern Warfare 2 não suportará servidores dedicados na sua versão PC. Funcionará num sistema de P2P, semelhante ao das consolas.

All your servers are belong to us!

Onde é que eles têm a cabeça?

O P2P funciona bem nas consolas porque o hardware é igual em todos os jogadores. A única variável em termos de performance é a largura de banda. E como não se pode sacar Jenna Jameson enquanto se dá uns tiros numa PS3 ou numa 360 (a não ser com recurso a uma máquina distinta para entupir o router), o desempenho é estável, e fiável para P2P.

Num PC é exactamente o oposto.
  • Começar pelo Hardware - vai sempre haver o "casual" que decide ir online com os requisitos mínimos. "Hey! Os filmes rodam a 26-27 fps, logo o COD com esses valores também resulta, amirite?"
  • Depois há o gajo que apesar de superar os requisitos mínimos, e.g., o "casual" cujo portátil é mesmo bom, decidiu ir com uma configuração estranha de HW, com drivers manhosos e mais não sei o quê. Não percebe os breaks, mas como conseguiu acabar o single-player, o online também deve funcionar, certo?
  • Depois o "casual" que tem o SO atestado de malware, ou o systray a abarrotar de apps que rodam em background e causam quebras na perfomance... "Ai dá jeito desfragmentar?"

Enfim, o público alvo a quem esta medida se destina - o "casual" que acha um server browser algo complicado de navegar é o mesmo que geralmente vai laggar uma sessão em P2P. E o resto do povo, com os seus i7's e as suas gráficas de última geração, apanha por tabela.

Tirando a vantagem de ser host, todos os outros andam à velocidade do mais lento, de modo a manter sincronismo.

O sistema de matchmaking pretende simplificar um processo que apenas quem acha complicado são os gajos que não conseguem manter as suas máquinas saudáveis. Por outro lado, aqueles que se desenrascam fixe nos seus PC's, que sabem o suficiente para aplicar mods, levam com um produto inferior.

São plataformas distintas. Um jogador de consola quer uma consola porque é simples. Porque deixa de ter de se preocupar com uma tonelada de coisas. Um jogador de PC é o inverso. Ele gosta de complexidade e de flexibilidade, gosta das coisas com que se tem de preocupar.

A IW está a avançar com uma solução para um problema que não existe.

Quanto ao pretexto de combater a pirataria, quem o disse que deixe de ser inocentes, ou tanso.
Sugestões?
  • Validações on-line. Basta um sub-serviço que ligue a um servidor de autenticação da Activision. Jogos em LAN continuam a ser possíveis, desde que cada cópia se consiga ligar para fora, à Internet, para se validar.
  • Stats on-line. É incrível, mas o e-peen ajuda a mitigar a pirataria. Se existirem servers oficiais onde se faça stat tracking, o pessoal que queira jogar a sério tem que ter uma cópia como deve ser.
Haverá sempre alguma pirataria, mas esse não é argumento.

E quanto a ajudar o pessoal que quer evitar mods... hmmm sei lá.... colocar um filtro do género "Pure Servers" no server browser? Se calhar estou a pensar demasiado à frente... :S

Ou o pessoal que apenas quer fazer "Find a match" e ir jogar contra pessoal ao mesmo nível, que tal usar o stat-tracking (que também pode combater a pirataria)? Ter em cada server uma estatística do nível médio dos jogadores online e depois comparar esses valores com as estatísticas do jogador e sugerir um server em função disso.

Não é um problema de tecnologia. Não é um problema de comunidades fragmentadas. É um problema de intenções.

Grande, grande falha da IW em caracterizar o seu público alvo.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dragon Age e a Epopeia do Monarca Para o Comprar

Bem, finalmente hoje consegui escolher uma loja e fazer a pre-order do jogo. E acreditem, para chegar lá, foi um calvário.

Preparem-se para muito texto. E do confuso. Conclusões no fim, se quiserem evitar a história toda.

Tudo começou com a vontade de comprar a versão digital. Não querendo encomendar dum sítio como a Amazon.co.uk ou Play.co.uk, para não ter de esperar pelos serviços postais e para ter as prateleiras de casa menos atestadas, decidi comprar a versão distribuída de modo digital.

Primeiro sítio, Impulse. Tinha um cupão de desconto de 20%, e a versão Deluxe estava a 65$. Depois de aplicar o desconto, cairia para qualquer coisa como 51$, que seriam 35€.

35€ pela versão Deluxe? É já! Mas, enfim, na Impulse há limite de exclusividade à América do Norte. Ou arranjava alguém que me "giftasse" o jogo, ou nada feito.
Tendo em conta que não tenho confiança em ninguém que more nos States para andar a brincar com dinheiros, vamos apontar baterias à Europa.

Vamos ao outro distribuidor digital famoso, a Direct2Drive.uk, visto que na altura a Steam ainda não tinha o Dragon Age para pré encomenda. Versão Deluxe a 40 libras, versão normal a 30. Bem, 40 libras são sensivelmente 45€. Dez euros mais que o inicial, mas pelo menos podia encomendar dali.

Depois de varrer uns fóruns e prestar mais atencão ao site deles, constato que na página principal, na animacão em flash que promove o jogo, dizem que a versão Deluxe traz o mesmo que a americana. Já na página do produto em si, essa informacão está em falta. Outras pessoas repararam o mesmo, e eu, tal como elas, mandei um mail à Direct2Drive.co.uk a perguntar afinal qual é o conteúdo da versão Deluxe. Isto foi ontem, quinta-feira. Ainda não tive resposta.

Entretanto alguém sugeriu espreitar a GamersGate.co.uk. Uma loja mais pequena e desconhecida, no entanto com informação mais completa na página do produto. Procurei feedback sobre a loja, registei-me no site, ofereceram-me um jogo, o Volvo, que não é mais que publicidade aos carros da gigante sueca. No entanto, serviu perfeitamente para testar o serviço de download deles, nomeadamente a existência de clientes para sacar o jogo, e qual a velocidade de transferência.

Entretanto a Steam disponibiliza a página de pré-encomenda. Como seria de esperar, tanto a versão normal como a Deluxe vêm com precos inflacionados. Não duvido da qualidade do serviço da Valve, mas se consigo poupar coisa de 10€, vou comprar a outro lado.

Posto isto, tenho a dizer que fiquei muito satisfeito com a experiência da GamersGate.co.uk, e como a Direct2Drive.co.uk não se pronunciou a tempo, coloquei a minha encomenda nos suecos :)

Informação resumida, relevante aos Europeus:
O pessoal do Reino Unido está a ser penalizado. A versão Deluxe, tanto no Steam, como na Direct2Drive, como na GamersGate não inclui 3 itens adicionais:
  • Grimoire of The Frozen Wastes
  • Final Reason
  • Bergen's Honor
Ou seja, quando o nome do produto que estiverem a ver for Dragon Age: Origins Digital Deluxe Edition UK, não esperem ter esses itens.

O que supostamente têm direito, em termos de versões digitais UK para PC, é:
  • Memory Band (presente em ambas as versões, desde que seja feita pré-encomenda);
  • Item exclusivo à loja: Steam tem a Wicked Oath, D2D UK tem o Dalish Ring, etc, excepto a GamersGate, que não indica a presença dum item exclusivo.
  • Blood Dragon Armor (presente em ambas as versões, em dúvida quanto à disponibilidade na D2D.uk confirmada a existência na D2D.uk)
  • The Stone Prisoner (presente em ambas as versões)
  • Warden's Keep (presente apenas na versão Digital Deluxe)
  • Banda Sonora (presente apenas na versão Digital Deluxe, em dúvida quanto à disponibilidade na D2D.uk confirmada a existência na D2D.uk)
  • Wallpapers Exclusivos (presente apenas na versão Digital Deluxe, em dúvida quanto à disponibilidade na D2D.uk confirmada a existência na D2D.uk)
Conclusões, olhando apenas à versão Deluxe:
  • Cuidado com a Direct2Drive.co.uk, visto que a página de produto e a página principal deles são contraditórias - assim que tenha resposta deles, actualizo este post. Já actualizaram a página de produto deles, tornando-se a opção mais atractiva em termos de qualidade/preço. No entanto, por terem demorado, acabei por comprar via GamersGate.uk
  • Compra mais simples é na Steam, 55€, está tudo lá. Mas são 10€ mais por quatro itens do jogo (2,5€ por item não me parece económico).
Alternativa ainda melhor, para quem dispensar a banda sonora e os wallpapers, e não tiver muitas certezas de querer jogar as quests adicionais no Warden's Keep:
  • Comprar a versão normal num site UK, por 30 libras, ou cerca de 35€ e depois comprar o DLC adicional Warden's Keep, caso estejam interessados. Foi anunciado que iria custar 7$, logo é razoável assumir que irá custar perto de 5€ na Europa. No total deverá ser 40€, e menos dores de cabeça.
Caso tenham dúvidas, coloquem nos comentários.

Fim do caso de estudo. Phew...

E mantenham-se longe da EA Store. Longe!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Vídeo de Combate de Dragon Age: Origins


São 20 minutos de jogo mesmo jogado, em que se podem ver coisas de nerd. Para quem estiver interessado no jogo, são uma série de detalhes que me trouxeram um sorriso.

Nomeadamente, um sistema algo extenso de feitiços, uma interface para PC (coisa que nem sempre se verifica), animações impecáveis, detalhes nos cenários muito interessantes.

Com o Character Creator a sair no dia 13, acho que posso dizer para onde vou após Batman Arkham Asylum.

sábado, 10 de outubro de 2009

Psi-Ops: The Mindgate Conspiracy

Imagem retirada do site www.juegomania.org
Ora bem... Vou manter isto curto.

História má, diálogos maus, vocalizações, gráficos, todo o aspecto sonoro idem. Uau, tanta coisa má, como é que me aguentei neste jogo?

Claramente sou estúpido, mas não foi só isto. O jogo teve partes bem divertidas devido aos poderes que ganhamos ao longo da nossa progressão. Há qualquer coisa de muito gratificante em arremessar objectos aos nossos inimigos que podem ser outros inimigos, queimar tantos outros, tomar posse de um e matar tudo o resto e depois mandá-lo suicidar-se. O motor de física havok ajuda nisto tudo. Depois também há a parte do jogo ser muito curto. No fim, mostrou-me o tempo total que joguei e foi menos de 5 horas (não deve contar com as mortes e reloads, mas também não foram muitos).

Nota-se claramente o factor console port. A câmara é uma merda, mete-se por vezes a girar 180º metendo-nos de costas para o adversário, a colisão de objectos não é a melhor e as movimentações da nossa personagem são estranhas por vezes.

Enfim, dou a este jogo um grande meh/5.
Completamente não recomendado, nem para alugar. Aconselho o Second Sight que é bem melhor segundo as vagas recordações que tenho dele agora.

P.S.: No fim aparece "To Be Continued". Guess what? I don't fucking care!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Brütal Legend


Finalmente experimentei a demo :)

Impressões a retirar:

O ambiente é excelente, com a minha banda sonora de sonho .|..| effin' metal man!
Super engraçado, com piadas com piada (descrição de vida de roadie lol) - algo raro nos dias que correm.
Achei o herói fácil de se simpatizar - nem completamente douche como o Alex Mercer, nem completamente anjo farsolas...

Agora as partes amargas: o mecanismo de combate é simples, pelo menos na demo. Está visto que deve ser um jogo mais preocupado com a forma como se apresenta e com a história que pretende contar do que com os mecanismos lá enfiados. As lutas pareceram muito simples e a condução do Hot Rod precisa dum oomph nos atropelamentos.

Diria que este vai muito na onda do Batman: Arkham Asylum - uma amálgama de estilos, implementados duma forma básica, em que o todo vai além da soma das partes. O que seria bom, se já não estivesse a jogar o BAA. Dois idênticos em filosofia de seguida? Não me parece.

Dados os rumores dum atraso para o Alpha Protocol, e uma curiosidade tremenda pelo Dragon Age, acho que talvez espere mais uns tempos até me enfiar no novo universo de Tim Schafer. Será no entanto, uma espera ansiosa.

Prioridades, heh.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

District 9 e as impressões d' oMonarca


Valeu a pena a espera.


Estupidamente bem dirigido. Estupidamente bem interpretado.

Um filme que não é para todos os gostos, e que no entanto todos podem retirar dele alguma lição. A história é bastante simples, não sendo nenhum Synecdoque New York, mas não deixa de ter camadas de profundidade. Não há bons, nem maus, mas é um conto de moralidade. E toneladas de acção. Da boa. As sequências de violência são explícitas, mas nunca se colocam à frente do importante: a demanda de Wikus van der Merwe.

O filme encostou-me ao assento e só me largou quando rodaram os créditos finais. Ajudou imenso ver em digital, visto que o super-realismo do HD ajuda às cenas, como o grão e o preto e branco ajudam aos filmes noir.

Para mim, filme do ano. Ou de 5 anos. Clássico, ficção científica no seu melhor.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ATI Radeon HD 5870 1GB

ACTUALIZADO A 01-10-2009: Adicionei link para análise detalhada da arquitectura no fim do post.

Que besta!


imagem via bit-tech

A ATI decidiu manter-se agressiva face à NVIDIA e decidiu ser a primeira a colocar no mercado o primeiro GPU que suporta Directx 11.

Pena não existirem ainda jogos que o suportem. Nem Sistema Operativo - o Windows 7 só sai daqui a um mês.

Para já é a solução de com apenas um GPU mais rápida do mercado, mas é apenas e só um luxo. Tem uma vantagem: nova tecnologia baixa sempre o preço da antiga. Talvez não sejam más notícias para mim ^^

A review da bit-tech aqui. E discussão detalhada da arquitectura aqui.

YAR YAR HUMP HUMP!


Prazer nas horas tardias de Azeroth. Até os sítios mais escuros ocultam suspiros e rubores prontos a serem tornados verdadeiros memes.